790 visualizações

Marcélli Oliveira, é roteirista e dramaturga e têm em seu currículo, produções muito importantes como os programas humorísticos: “Zorra”, “Escolinha do Professor Raimundo’”, “Vai Que Cola” e está agora, em cartaz, até o dia 07/11, com a comédia dramática “CASÓRIO” em versão virtual. O texto que já tem 9 anos e foi readaptado para essa nova versão que contará com novos personagens. A opção desta versão on-line se dá para que durante a pandemia a cultura continue a ser fomentada e gere trabalho para os artistas, bem como ampliar as programações culturais.

Conversamos sobre essa nova experiencia e falamos um pouco sobre outros trabalhos de sua extensa carreira.

Ah! Não perca a última semana de apresentação dessa peça-filme. Tenho certeza que irá se divertir! O serviço encontra-se no final de nossa entrevista.

😉Aprecie sem moderação!

Eunoteatro- Marcélli, a comédia dramática, “CASÓRIO”, chega agora ao público em versão virtual, o texto que já tem 9 anos e foi readaptado para essa nova versão que contará com novos personagens. Você precisou modicar muitas coisas para a experiência on-line? Foi difícil?

Marcélli Oliveira- Não foi difícil, mas foi trabalhoso rsrs Muita coisa mudou no mundo de 2012 pra agora, precisei adaptar coisas, atualizar dilemas, mas a essência tá lá, é a mesma. O drama dessas personagens continua vivo, mas ganhou novas nuances.

Eunoteatro- Além de atriz você também é roteirista e dramaturga e têm em seu currículo produções muito importantes como os programas humorísticos “Zorra” e “Escolinha do Professor Raimundo’”. Viveu muitos anos cercada de feras do humor. Isso contribuiu de que forma para a construção do texto do espetáculo “Casório”?

Marcélli Oliveira- Na verdade não, foi o contrário, Casório foi a peça que me tornou autora pq ela veio muito antes de eu escrever pra zorra, escolinha, vai que cola. Casório foi a primeira coisa que escrevi na vida, foi onde tudo começou e graças a ela estou onde estou hoje escrevendo pra tantas pessoas e produtos maravilhosos.

Eunoteatro- Na peça, quatro mulheres, com personalidades distintas, conversam na sacristia de uma igreja, horas antes de seus casamentos. Suas histórias são apresentadas ao público em forma de flashbacks. Agora em formato virtual, vocês fazem todas as cenas ao vivo ou vocês contam com recursos em audiovisual?

Marcélli Oliveira- A peça não é feita ao vivo, a peça foi gravada em SP no mês de agosto e agora, nesse formato virtual pudemos chamar convidados pra fazer personagens que no teatro éramos nós mesmo que fazíamos. Ganhou outra cara, outra vida. Na real, agora tá muito mais com pegada de filme do que peça, todos que estão assistindo estão encantados com a qualidade.

Eunoteatro- A montagem propõe uma reflexão através das personagens que debatem situações, vivências, crenças e diversos assuntos presentes e fundamentais na existência humana. O que te inspirou a criar essa comédia? Você vivenciou alguma dessas experiencias?

Marcélli Oliveira- Muita coisa que está em Casório são vivências minhas sim, em diferentes fases da minha vida ou de alguém muito próxima, amigas, parentes. Caso que pra história se tornar ainda mais interessante, tudo tem uma grande lente de aumento. Eu já morei com muitas pessoas dividindo apartamento, tenho família grande, leio muito, vejo muita coisa, tudo vai virando possibilidades de histórias. Tento sempre nas minhas peças colocar pessoas com pensamentos opostos sem julgar nenhuma delas, apenas expondo cada ponto de vista e deixando que o público tome partido ou não.

Eunoteatro- Em seu primeiro solo, “Se Não Agora, Quando?”, você fala sobre algo que as pessoas normalmente sentem dificuldade em abordar, mas que é de suma importância. Com muita naturalidade, você falou sobre assuntos delicados como a solidão, falta de perspectiva e suicídio. Quando você percebeu a importância da abordagem desses assuntos?

Marcélli Oliveira- Em todas minhas peças falo sobre temas que me tocam profundamente. Em “Casório” foi sobre amor, as terças sobre encontros e morte e no meu solo “Pro Solidão”, depressão, falta de perspectiva. “Se não agora, quando?”, é muito importante pras pessoas, todo dia, depois da peça, tinham pessoas me esperando e contando seus relatos, agradecendo pela peça abordar assuntos espinhosos. Tenho muito orgulho desse trabalho e preciso de coragem todos os dias pra seguir com ele pois os temas são pesados, porém necessários de serem falados.

Eunoteatro- Após essa temporada on-line de 12 sessões de “Casório”, que dará mais uma vez a oportunidade de pessoas de diversas regiões do Brasil e até do exterior apreciarem o espetáculo, você pretende voltar com as temporadas presenciais?

Marcélli Oliveira- Não vejo a hora de voltar ao teatro presencial, mas acho que estamos conseguindo aproveitar esse novo formato e fazer com ele o que não conseguiríamos fazer no teatro, por exemplo, no “Casório” criamos outro formato, novas participações, novos cenários, tudo o que o teatro nos limitava, no gravado podemos fazer. Então acho que brincar com as novas possibilidade tá sendo importante até podermos estar no ao vivo do palco novamente.

Eunoteatro- Marcélli, é uma alegria para nós ter você com a gente aqui no @eunoteatro. Agradecemos por dispor de seu tempo para essa entrevista. Seja muito bem-vinda e até a próxima!

Marcélli Oliveira- Obrigada vocês pelo carinho! Até a próxima!

Siga Marcélli Oliveira no Instagram: @marcellioliveira

Não perca a última semana de “Casório”:

Assessoria de Imprensa: Morente Forte @morenteforte

Entrevista por: Cíntia Duque @eunoteatro